quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Dinheiro e Consumismo


CONSUMISMO PODE ESTAR RELACIONADO A INSATISFAÇÃO COM O TRABALHO


Você percebe que por trás do seu dinheiro vem o seu trabalho, suas atividades e suas ações? Você apenas troca seu trabalho por dinheiro para que volte a trocar por outras coisas. Percebe que a intenção e sentimento em relação ao seu trabalho podem imprimir de maneira muito significativa seu sentimento em relação a esse dinheiro? E se foi tão duro fazer esse dinheiro, deve ser muito duro gastá-lo também, pois surge sentimento de culpa, de medo, de peso.
Muitas pessoas quando não estão felizes têm ainda mais vontade de comprar para sentirem-se melhor. Se alguém trabalha em algo que não se sente bem, poderá ter surtos consumistas para compensar seu mal estar. Isso a torna ainda mais dependente de seu trabalho desagradável, pois ela tem de trabalhar cada vez mais para pagar aquilo que comprou para se sentir melhor, formando assim um círculo vicioso.
Por outro lado, existem aqueles que trabalham no que gostam, às vezes ganhando menos do que poderiam fazendo outro trabalho com o qual não se identificam. Porém, ao estarem mais satisfeitos, têm menos necessidades consumistas. Assim, mesmo com salário menor, sentem-se mais realizados e felizes. O dinheiro toma outra energia e ganha outra dinâmica.
É importante lembrar que o dinheiro nos possibilita o ter e o fazer, mas não o ser. Sem essa distinção, a riqueza material passa a representar um fim, não um meio de realizar algo para nos tornarmos a pessoa que queremos ser. Ganhar dinheiro por ganhar, sem uma motivação especial, pessoal e autêntica, apenas aumentará a sensação de que é insuficiente, porque essa escassez é interna e humana e não externa e material.

O valor que o dinheiro tem é aquele que você dá a ele. E você, que valor tem dado ao seu?

Ao receber dinheiro sente gratidão ou sente-se como um morto de fome que recebe comida?
Ao gastar seu dinheiro sente que contribui para o fluxo de trocas na sociedade ou que está gastando e perdendo de alguma maneira?
Você economiza para comprar algo específico ou paraestar preparado para eventualidades ou apenas porque tem que juntar e não gastar para não sofrer o risco de faltar?
Você associa dinheiro à sobrevivência e à escassez ou ao prazer e à realização? À obrigação de ter que ganhá-lo ou à gratidão de ser um meio para concretizar suas realizações?
Ao se fazer esses questionamentos, reflita sobre sua relação com o dinheiro. Perceba quais sentimentos surgem e de que maneira eles podem estar lhe afetando de modo positivo ou negativo. Nos próximos artigos, conversaremos sobre maneiras de trabalhar esses padrões que você observou

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